quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
GESTAR, VERBO TRANSITIVO DIRETO...
Hoje, dia 15 de abril de 2009, segundo dia do curso Gestar.
Marciane Joana Pasquali
Gestar, verbo transitivo direto, conceber, gerar. Todas ou quase todas as professoras de Língua Portuguesa serão as gestantes e, ao invés de bebês, serão gestados conhecimentos. Os sentimentos e expectativas são tão variados quanto os grãos de areia do oceano: a Gerência de Educação e o Mec preocupam-se com os resultados da prova Brasil e os índices de Santa Catarina precisam melhorar; tutores preocupam-se com didática e metodologia; as professoras preocupam-se com o calendário, se darão conta de tudo o que têm para fazer (leituras, hora atividade, temas do curso, conselho de classe, enfim, tanta coisa que quando saem do auditório dizem não saber se vão pela porta ou pela janela). Nossa Senhora da Salete, olhai para estes pobres seres humanos!
"Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu coração, da minha vida, do meu destino, do meu caminho, cuida de mim!" Isso é o que canta Bruno e Marrone, juntamente com Daniel. Será que eles adivinhariam que essa súplica seria repetida por professoras de português que precisam compreender e fazer compreender a teoria dos gêneros textuais? "Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz", não é assim tão simples, não! Ainda bem que Marcuski, um Pernambucano danado de sabido, sempre dá uma mãozinha. Explica e desata todos os nós ...
Um nó da minha vida é o salário no fim do mês, diz uma. Os nós que não consegui desamarrar são da falta de gosto pela leitura e como estimular os jovens a ler mais e melhor, diz a outra. Ave Maria, os nós foram tantos que um rosário só não bastou! À propósito, será que me desvelo a ponto de falar dos nós pessoais? Melhor não! Senão o novelo se acaba e o texto toma outra direção. Metas e objetivos é que fazem os profissionais do nosso século. Será que como um doce, acendo um incenso ou faço um chá? Melhor voltar ... E o painel expunha que os gêneros textuais se dividem em: Literário (verbal e não-verbal), Não-literário (verbal e não-verbal) - ambos podendo ser Multimodais e, ainda, Emergentes. Estes se confundem com o suporte que os abriga, seja o computador, o e-mail, o blog, etc. Aqueles diferenciam-se pela linguagem – conotativa ou denotativa-, pela forma como utilizam a linguagem – subjetiva ou objetivamente- . Mas não acabou não. Ainda não é tudo. E a Intertextualidade intergêneros (um gênero com a função de outro)? E a Intertextualidade tipológica (um tipo com a presença de outros)? Ave, quem vai desfazer esse nó?
A internet, sábia internet, sabe tudo, vê tudo, ajuda em tudo, dispensa até ... Não, não dispensa não! Os professores serão sempre necessários e imprescindíveis. Vou então ao sítio onde Marcuski hospedou seu artigo sobre Gêneros textuais.
Um aspecto de destaque do artigo desse linguista é que os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades sociocomunicativas e, mesmo que digam muito de uma situação, não são estáveis. Ou seja, adquirem uma variedade infinita conforme também varia a própria atividade humana. Na sociedade anterior à letrada os tipos de texto eram em número inferior ao que vemos atualmente, porém já eram classificados por meio de mecanismos de estruturação a partir da Antiguidade grecorromana. Platão, Aristóteles e Horácio fazem ainda antes de Cristo, a sua classificação. Em Soares (2001, p.7) encontramos a explicação de que gênero vem do latim – genus-eris – significa tempo de nascimento, origem, classe, espécie, geração. O rigor ou a leveza no tratamento/ classificação de um texto quanto ao gênero que ele pertence é constantemente modificada, retomada, ampliada, retificada. Os românticos, no século 18, tinham como bandeira a liberdade de criação e propunham teorias baseadas no princípio da derrubada das regras clássicas e do conceito de mímesis reduzido à imitação. Escritores como Victor Hugo partia do princípio de que assim como na vida o belo e o feio, o riso e a dor, o grotesco e o sublime se misturam assim também os textos podem ser híbridos.
Com a fortificação de teorias positivistas e evolucionistas, na segunda metade do século 19, o crítico e professor Universitário chamado Brunetière passou a defender a ideia de que assim como nas espécies animais acontece diferenciação e evolução, com os gêneros também há fatores que os levam a diferenciar-se e evoluir. Cita como exemplo o romance, nascido da epopéia ou da canção de gesta, transformado em romance de aventura, épico, de costumes, regionalista, etc.
Com Bakhtin, no século 20, a questão do gênero recebe o conceito de “filtros” voltando–se para a maneira como a linguagem capta a realidade e por meio desses filtros a distinção entre o literário e o não literário. Segundo Soares (2001), importa nos situarmos através de algumas diretrizes provenientes das teorias na questão dos gêneros:
Os gêneros não podem ser descritos aprisionadamente, sem considerar os modos concretos de recepção;
Os traços dos gêneros mudam, no decorrer da leitura precisamos nos deixar levar pelas mudanças e não pelas características fixas;
Diferentes leituras podem ser feitas por diferentes comunidades de receptores;
É importante observar como cada traço se relaciona com os demais traços da mesma obra;
Marcuschi diz que os novos textos que surgem em função das tecnologias (editoriais, notícias, telefonemas, telegramas, etc) são baseados em antigas tipologias, além de acrescentar que Bakthin denomina isso de transmutação de gêneros e os textos que resultam desse processo são denominados gêneros emergentes. Nesses gêneros ocorre a maior integração entre os vários tipos de semioses: signos verbais, imagens, sons, formas em movimento. De acordo com o conceito estabelecido por esse autor, tipo textual é uma construção teórica definida por propriedades lingüísticas intrínsecas. Ex: narração, argumentação, exposição, injunção. Gênero textual são realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas. Ex: romance, bilhete, lista de compras, edital, etc. Vale ressaltar ainda conforme Marcuschi que o elemento central na sequência narrativa é a sequência temporal, nos textos descritivos predomina sequências de localização, nos expositivos, analíticas ou explicativas, nos argumentativos contrastivas explicitas e nos textos injuntivos ocorre o predomínio de seqüências imperativas.
Esclarecidos esses aspectos teóricos, passamos à atividade avançando na prática do TP3 gêneros textuais. A proposta é a identificação de diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos linguísticos.
A turma escolhida para fazer a produção é a sétima série matutina e o encaminhamento da atividade foi realizado da seguinte maneira:
Na primeira aula ( 38 min) pedi para que pesquisassem, na internet, biografias de pessoas que admiram e cuja vida lhes desperta interesse. Em pequenos grupos, então, as biografias foram encontradas por meio do buscador Google e conforme cada grupo encontrava iam lendo. Um grupo pesquisou sobre Joana D´arc, outro sobre Carlos Drummond de Andrade, um terceiro grupo sobre os cantores NX0, outros dois grupos pesquisaram sobre os jogadores de futebol Pelé e Garrincha e um outro grupo leu sobre o cantor Daniel. Um grupo de estudantes chamou minha atenção porque foram além do que eu havia pedido, que era ler as biografias, elas investigaram o que tudo precisa ter num texto para que ele seja uma biografia. Isso esclareceu e comprovou um ponto importante que é o de fornecer bases para os momentos de produção. Outro aspecto que foi importante foi a possibilidade de escolherem o que iriam ler.
Na segunda aula, os estudantes receberam a biografia de Carlos Drummond de Andrade para que pudesse servir de exemplo. Lemos a biografia silenciosamente e depois em voz alta e cada estudante então iniciou sua biografia. Quando eles já haviam começado a escrever, falei que precisariam escolher entre um narrador em primeira ou terceira pessoa.
Depois de ler as biografias escritas tive a impressão que elas ficaram bastante bem escritas. Dá até a impressão de que os comentários de que os alunos escrevem mal não é verdadeiro. Retomando a teoria de Marcuschi, percebo que esse texto produzido pelos estudantes é do gênero descritivo com sequências expositivas e explicativas e do tipo biografia. Em anexo, os textos produzidos.
Hoje, dia 15 de abril de 2009, segundo dia do curso Gestar.
Marciane Joana Pasquali
Gestar, verbo transitivo direto, conceber, gerar. Todas ou quase todas as professoras de Língua Portuguesa serão as gestantes e, ao invés de bebês, serão gestados conhecimentos. Os sentimentos e expectativas são tão variados quanto os grãos de areia do oceano: a Gerência de Educação e o Mec preocupam-se com os resultados da prova Brasil e os índices de Santa Catarina precisam melhorar; tutores preocupam-se com didática e metodologia; as professoras preocupam-se com o calendário, se darão conta de tudo o que têm para fazer (leituras, hora atividade, temas do curso, conselho de classe, enfim, tanta coisa que quando saem do auditório dizem não saber se vão pela porta ou pela janela). Nossa Senhora da Salete, olhai para estes pobres seres humanos!
"Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu coração, da minha vida, do meu destino, do meu caminho, cuida de mim!" Isso é o que canta Bruno e Marrone, juntamente com Daniel. Será que eles adivinhariam que essa súplica seria repetida por professoras de português que precisam compreender e fazer compreender a teoria dos gêneros textuais? "Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz", não é assim tão simples, não! Ainda bem que Marcuski, um Pernambucano danado de sabido, sempre dá uma mãozinha. Explica e desata todos os nós ...
Um nó da minha vida é o salário no fim do mês, diz uma. Os nós que não consegui desamarrar são da falta de gosto pela leitura e como estimular os jovens a ler mais e melhor, diz a outra. Ave Maria, os nós foram tantos que um rosário só não bastou! À propósito, será que me desvelo a ponto de falar dos nós pessoais? Melhor não! Senão o novelo se acaba e o texto toma outra direção. Metas e objetivos é que fazem os profissionais do nosso século. Será que como um doce, acendo um incenso ou faço um chá? Melhor voltar ... E o painel expunha que os gêneros textuais se dividem em: Literário (verbal e não-verbal), Não-literário (verbal e não-verbal) - ambos podendo ser Multimodais e, ainda, Emergentes. Estes se confundem com o suporte que os abriga, seja o computador, o e-mail, o blog, etc. Aqueles diferenciam-se pela linguagem – conotativa ou denotativa-, pela forma como utilizam a linguagem – subjetiva ou objetivamente- . Mas não acabou não. Ainda não é tudo. E a Intertextualidade intergêneros (um gênero com a função de outro)? E a Intertextualidade tipológica (um tipo com a presença de outros)? Ave, quem vai desfazer esse nó?
A internet, sábia internet, sabe tudo, vê tudo, ajuda em tudo, dispensa até ... Não, não dispensa não! Os professores serão sempre necessários e imprescindíveis. Vou então ao sítio onde Marcuski hospedou seu artigo sobre Gêneros textuais.
Um aspecto de destaque do artigo desse linguista é que os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades sociocomunicativas e, mesmo que digam muito de uma situação, não são estáveis. Ou seja, adquirem uma variedade infinita conforme também varia a própria atividade humana. Na sociedade anterior à letrada os tipos de texto eram em número inferior ao que vemos atualmente, porém já eram classificados por meio de mecanismos de estruturação a partir da Antiguidade grecorromana. Platão, Aristóteles e Horácio fazem ainda antes de Cristo, a sua classificação. Em Soares (2001, p.7) encontramos a explicação de que gênero vem do latim – genus-eris – significa tempo de nascimento, origem, classe, espécie, geração. O rigor ou a leveza no tratamento/ classificação de um texto quanto ao gênero que ele pertence é constantemente modificada, retomada, ampliada, retificada. Os românticos, no século 18, tinham como bandeira a liberdade de criação e propunham teorias baseadas no princípio da derrubada das regras clássicas e do conceito de mímesis reduzido à imitação. Escritores como Victor Hugo partia do princípio de que assim como na vida o belo e o feio, o riso e a dor, o grotesco e o sublime se misturam assim também os textos podem ser híbridos.
Com a fortificação de teorias positivistas e evolucionistas, na segunda metade do século 19, o crítico e professor Universitário chamado Brunetière passou a defender a ideia de que assim como nas espécies animais acontece diferenciação e evolução, com os gêneros também há fatores que os levam a diferenciar-se e evoluir. Cita como exemplo o romance, nascido da epopéia ou da canção de gesta, transformado em romance de aventura, épico, de costumes, regionalista, etc.
Com Bakhtin, no século 20, a questão do gênero recebe o conceito de “filtros” voltando–se para a maneira como a linguagem capta a realidade e por meio desses filtros a distinção entre o literário e o não literário. Segundo Soares (2001), importa nos situarmos através de algumas diretrizes provenientes das teorias na questão dos gêneros:
Os gêneros não podem ser descritos aprisionadamente, sem considerar os modos concretos de recepção;
Os traços dos gêneros mudam, no decorrer da leitura precisamos nos deixar levar pelas mudanças e não pelas características fixas;
Diferentes leituras podem ser feitas por diferentes comunidades de receptores;
É importante observar como cada traço se relaciona com os demais traços da mesma obra;
Marcuschi diz que os novos textos que surgem em função das tecnologias (editoriais, notícias, telefonemas, telegramas, etc) são baseados em antigas tipologias, além de acrescentar que Bakthin denomina isso de transmutação de gêneros e os textos que resultam desse processo são denominados gêneros emergentes. Nesses gêneros ocorre a maior integração entre os vários tipos de semioses: signos verbais, imagens, sons, formas em movimento. De acordo com o conceito estabelecido por esse autor, tipo textual é uma construção teórica definida por propriedades lingüísticas intrínsecas. Ex: narração, argumentação, exposição, injunção. Gênero textual são realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas. Ex: romance, bilhete, lista de compras, edital, etc. Vale ressaltar ainda conforme Marcuschi que o elemento central na sequência narrativa é a sequência temporal, nos textos descritivos predomina sequências de localização, nos expositivos, analíticas ou explicativas, nos argumentativos contrastivas explicitas e nos textos injuntivos ocorre o predomínio de seqüências imperativas.
Esclarecidos esses aspectos teóricos, passamos à atividade avançando na prática do TP3 gêneros textuais. A proposta é a identificação de diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos linguísticos.
A turma escolhida para fazer a produção é a sétima série matutina e o encaminhamento da atividade foi realizado da seguinte maneira:
Na primeira aula ( 38 min) pedi para que pesquisassem, na internet, biografias de pessoas que admiram e cuja vida lhes desperta interesse. Em pequenos grupos, então, as biografias foram encontradas por meio do buscador Google e conforme cada grupo encontrava iam lendo. Um grupo pesquisou sobre Joana D´arc, outro sobre Carlos Drummond de Andrade, um terceiro grupo sobre os cantores NX0, outros dois grupos pesquisaram sobre os jogadores de futebol Pelé e Garrincha e um outro grupo leu sobre o cantor Daniel. Um grupo de estudantes chamou minha atenção porque foram além do que eu havia pedido, que era ler as biografias, elas investigaram o que tudo precisa ter num texto para que ele seja uma biografia. Isso esclareceu e comprovou um ponto importante que é o de fornecer bases para os momentos de produção. Outro aspecto que foi importante foi a possibilidade de escolherem o que iriam ler.
Na segunda aula, os estudantes receberam a biografia de Carlos Drummond de Andrade para que pudesse servir de exemplo. Lemos a biografia silenciosamente e depois em voz alta e cada estudante então iniciou sua biografia. Quando eles já haviam começado a escrever, falei que precisariam escolher entre um narrador em primeira ou terceira pessoa.
Depois de ler as biografias escritas tive a impressão que elas ficaram bastante bem escritas. Dá até a impressão de que os comentários de que os alunos escrevem mal não é verdadeiro. Retomando a teoria de Marcuschi, percebo que esse texto produzido pelos estudantes é do gênero descritivo com sequências expositivas e explicativas e do tipo biografia. Em anexo, os textos produzidos.
ARTIGO
Professor, sim. Palhaço, não.
Ser educador nesta era é muito mais que estar em sala ensinando seus alunos conhecimentos científicos.
Cada final de bimestre nós professores nos reunimos para aquele momento tão esperado: o Conselho. Ficamos ansiosos para nos encontrar com os colegas – parece que eles nos ajudarão a resolver os problemas encontrados na nossa disciplina – para juntos buscarmos soluções para algumas angústias, como a desatenção, o desleixo, o desinteresse, a despreocupação, o desrespeito, e...otras cositas más que percebemos durante o trabalho pedagógico com os alunos.
Então, logo que se inicia o Conselho de classe, ouve-se da maioria dos professores aquelas mesmas preocupações que gostaríamos de dizer. E o jeito é pegar carona e chorar nossas mágoas também. Engraçado ou não, assim se desenrola o encontro. Ao terminar o Conselho, o que ficou decidido? Caro(a) leitor(a),essa pergunta é difícil de responder .
Sou professora há apenas 14 anos e tive algumas experiências bem interessantes nesta curta caminhada – curta porque não é possível pensar em aposentaria ainda - e a sensação que tenho é que todos os recursos tecnológicos ou não-tecnológicos que dispomos hoje não satisfazem os educadores e nem os técnicos.. Vejo que vivemos um período conturbado, confuso, desafiador e a sensação de impotência frente aos avanços é imensa. O que fazer? Como vamos viver desse jeito? Quando vamos nos sentir felizes? Realizados? Como se não bastasse, ainda há aquelas pessoas que apenas veem de fora o nosso trabalho de profissionais da educação e acham que ganhamos muito bem pelo que fazemos. Meu Deus! Quanto mais a escola, a família e de maneira geral a sociedade tentam unir forças, para construir um espaço no mundo com mais dignidade, honestidade, mais nos distanciamos. Passamos a bola para frente. Ao invés de formarmos um ‘trio amoroso’, mais separados ficamos!
Está na hora de cada um receber o ônus e assumir o bônus. Temos, enquanto professores, pais, alunos, diretores, assistentes, políticos, entre outros envolvidos, diretamente ou indiretamente na Educação, que assumir o nosso papel, cada um fazendo a sua parte. Todos têm direitos e deveres e, portanto, vamos fazê-los valer.
O professor Fernando José de Almeida, docente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vice-presidente da TV Cultura, em seu artigo publicado na Revista Nova Escola (outubro/2009),expõe acerca da importância do Gestor escolar. Pessoa imprescindível para que o trabalho escolar seja desenvolvido com eficiência, qualidade e responsabilidade, visando sempre o aprendizado do aluno e que deve assumir sim, junto com os demais envolvidos, o fracasso escolar. Para tanto, deve ser competente, compreensivo, autêntico, dinâmico e, acima de tudo, conhecedor para colaborar, visando o sucesso escolar e, de forma alguma, demonstrar satisfação por um trabalho bem feito quando há uma boa parcela de alunos reprovados. Da mesma forma o gestor familiar.
Prezado(a) leitor(a), você deve estar pensando que eu não gosto do que faço. Muito pelo contrário, de tanto que amo, sofro. Sofro ao ver tantas injustiças educacionais – âmbito familiar, escolar e social -. Passa-me, às vezes, a ideia de que todos “lavaram as mãos e que seja o que Deus quiser”. Não podemos agir dessa maneira, não podemos ser tão ignorantes ao ponto de acharmos que os nossos filhos-alunos “devem se virar”. Eles precisam de nós. Assim como fomos orientados, educados, devemos ensinar e exigir deles. Os valores morais não morreram, estão sendo afundados por nós. Nós estamos desorientados, porém não (ainda) perdidos.
Levando em consideração todas essas peripécias educacionais, sempre que há a possibilidade de participar de curso de formação e/ou aperfeiçoamento eu faço. E, quando surgiu a oportunidade de participar do Curso GESTAR não foi diferente. Um momento de aprendizagem, até então, ímpar. Material que realmente condiz com a minha prática pedagógica.
No desenvolvimento das atividades dos TPs – Cadernos de Teoria e Prática – elaboramos um Projeto a fim de aplicá-lo em sala de aula e analisar os resultados. Como já explicitei, penso que uma das formas de sermos reconhecidos é por meio da educação e do trabalho. Defendo a tese de que precisamos ensinar os nossos filhos-alunos a pensar e trabalhar. Para tanto, o tema escolhido para o referido projeto foi: Trabalho: a valorização do ser humano.
Foi excelente. Procurei saber o que pensam sobre trabalho; como conceituam trabalho; se almejam ter um trabalho; estudo e trabalho; linguagem e trabalho, enfim, muitos questionamentos. Várias atividades foram realizadas, como: conhecer o História do trabalho, peças teatrais, músicas, filmes, pesquisas sobre o mercado de trabalho hoje e quais as perspectivas, participação em júri, textos jornalísticos, argumentativos, expositivos, correspondências oficiais e não-oficiais, curriculum vitae e muitas outras.
A partir do Curso Gestar me senti mais segura em trabalhar a disciplina de Língua Portuguesa e colher bons resultados, não de imediato, mas certamente quando eu vir os meus (ex)-alunos felizes profissionalmente.
Acredito num mundo melhor, mas construído no coletivo. Com esforço, dedicação e muito trabalho.
Para mim “é o trabalho que dignifica o homem”.
Jucilei Passoni Giacomin
Professora de Letras: Português e Espanhol, Escola de Educação Básica Emília Boos Laus Schmidt – Saltinho-SC.
Ser educador nesta era é muito mais que estar em sala ensinando seus alunos conhecimentos científicos.
Cada final de bimestre nós professores nos reunimos para aquele momento tão esperado: o Conselho. Ficamos ansiosos para nos encontrar com os colegas – parece que eles nos ajudarão a resolver os problemas encontrados na nossa disciplina – para juntos buscarmos soluções para algumas angústias, como a desatenção, o desleixo, o desinteresse, a despreocupação, o desrespeito, e...otras cositas más que percebemos durante o trabalho pedagógico com os alunos.
Então, logo que se inicia o Conselho de classe, ouve-se da maioria dos professores aquelas mesmas preocupações que gostaríamos de dizer. E o jeito é pegar carona e chorar nossas mágoas também. Engraçado ou não, assim se desenrola o encontro. Ao terminar o Conselho, o que ficou decidido? Caro(a) leitor(a),essa pergunta é difícil de responder .
Sou professora há apenas 14 anos e tive algumas experiências bem interessantes nesta curta caminhada – curta porque não é possível pensar em aposentaria ainda - e a sensação que tenho é que todos os recursos tecnológicos ou não-tecnológicos que dispomos hoje não satisfazem os educadores e nem os técnicos.. Vejo que vivemos um período conturbado, confuso, desafiador e a sensação de impotência frente aos avanços é imensa. O que fazer? Como vamos viver desse jeito? Quando vamos nos sentir felizes? Realizados? Como se não bastasse, ainda há aquelas pessoas que apenas veem de fora o nosso trabalho de profissionais da educação e acham que ganhamos muito bem pelo que fazemos. Meu Deus! Quanto mais a escola, a família e de maneira geral a sociedade tentam unir forças, para construir um espaço no mundo com mais dignidade, honestidade, mais nos distanciamos. Passamos a bola para frente. Ao invés de formarmos um ‘trio amoroso’, mais separados ficamos!
Está na hora de cada um receber o ônus e assumir o bônus. Temos, enquanto professores, pais, alunos, diretores, assistentes, políticos, entre outros envolvidos, diretamente ou indiretamente na Educação, que assumir o nosso papel, cada um fazendo a sua parte. Todos têm direitos e deveres e, portanto, vamos fazê-los valer.
O professor Fernando José de Almeida, docente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vice-presidente da TV Cultura, em seu artigo publicado na Revista Nova Escola (outubro/2009),expõe acerca da importância do Gestor escolar. Pessoa imprescindível para que o trabalho escolar seja desenvolvido com eficiência, qualidade e responsabilidade, visando sempre o aprendizado do aluno e que deve assumir sim, junto com os demais envolvidos, o fracasso escolar. Para tanto, deve ser competente, compreensivo, autêntico, dinâmico e, acima de tudo, conhecedor para colaborar, visando o sucesso escolar e, de forma alguma, demonstrar satisfação por um trabalho bem feito quando há uma boa parcela de alunos reprovados. Da mesma forma o gestor familiar.
Prezado(a) leitor(a), você deve estar pensando que eu não gosto do que faço. Muito pelo contrário, de tanto que amo, sofro. Sofro ao ver tantas injustiças educacionais – âmbito familiar, escolar e social -. Passa-me, às vezes, a ideia de que todos “lavaram as mãos e que seja o que Deus quiser”. Não podemos agir dessa maneira, não podemos ser tão ignorantes ao ponto de acharmos que os nossos filhos-alunos “devem se virar”. Eles precisam de nós. Assim como fomos orientados, educados, devemos ensinar e exigir deles. Os valores morais não morreram, estão sendo afundados por nós. Nós estamos desorientados, porém não (ainda) perdidos.
Levando em consideração todas essas peripécias educacionais, sempre que há a possibilidade de participar de curso de formação e/ou aperfeiçoamento eu faço. E, quando surgiu a oportunidade de participar do Curso GESTAR não foi diferente. Um momento de aprendizagem, até então, ímpar. Material que realmente condiz com a minha prática pedagógica.
No desenvolvimento das atividades dos TPs – Cadernos de Teoria e Prática – elaboramos um Projeto a fim de aplicá-lo em sala de aula e analisar os resultados. Como já explicitei, penso que uma das formas de sermos reconhecidos é por meio da educação e do trabalho. Defendo a tese de que precisamos ensinar os nossos filhos-alunos a pensar e trabalhar. Para tanto, o tema escolhido para o referido projeto foi: Trabalho: a valorização do ser humano.
Foi excelente. Procurei saber o que pensam sobre trabalho; como conceituam trabalho; se almejam ter um trabalho; estudo e trabalho; linguagem e trabalho, enfim, muitos questionamentos. Várias atividades foram realizadas, como: conhecer o História do trabalho, peças teatrais, músicas, filmes, pesquisas sobre o mercado de trabalho hoje e quais as perspectivas, participação em júri, textos jornalísticos, argumentativos, expositivos, correspondências oficiais e não-oficiais, curriculum vitae e muitas outras.
A partir do Curso Gestar me senti mais segura em trabalhar a disciplina de Língua Portuguesa e colher bons resultados, não de imediato, mas certamente quando eu vir os meus (ex)-alunos felizes profissionalmente.
Acredito num mundo melhor, mas construído no coletivo. Com esforço, dedicação e muito trabalho.
Para mim “é o trabalho que dignifica o homem”.
Jucilei Passoni Giacomin
Professora de Letras: Português e Espanhol, Escola de Educação Básica Emília Boos Laus Schmidt – Saltinho-SC.
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