domingo, 11 de outubro de 2009

Mais um encontro... mais estudos e reflexões.

Após cada encontro do Gestar II de Língua Portuguesa, faço algumas reflexões e registros relacionados às discussões e estudos realizados. No encontro do dia 30/09/2009 que realizou-se no auditório da GERED de Maravilha, nós lemos, discutimos e realizamos uma oficina que contemplasse os conteúdos do TP1, Variantes línguísticas e a Intertextualidade.
Mas afinal, que reflexões podemos fazer acerca desse assunto? É importante ler e discutir variantes linguísticas para o estudo da língua portuguesa? Por que variantes, se a língua portuguesa que falamos é a nossa língua materna?
Pois bem, as línguas, não somente a língua portuguesa, mas todoas as línguas mudam. São como os seres vivos, que mudam com o tempo e até morrem. Tanto é verdade que se não fosse assim, ainda estaríamos falando o latim.
Além dessas mudanças/transformações pelas quais a língua perpassa, ela nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sempre sujeita a muitas variações.
O modo de falar de uma língua varia de época para época, de região para região, de grupo social para grupo social, de situação para situação e, ainda, há outras variações, como o modo de falar de grupos de profissionais, a gíria própria de faixas etárias diferentes, a língua escrita e a língua oral.
Diante de tantas variantes linguísticas, é inevitável perguntar qual delas é correta. No entanto, sou enfática em dizer que não existe a mais correta, mas sim, a mais adequada a cada contexto. Dessa maneira, fala bem aquele que se mostra capaz de escolher a variante adequada a cada situação e consegue o máximo de eficiência dentro da variante escolhida.
Usar o português rígido, próprio da língua escrita formal, numa situação descontraída da comunicação oral é falar de modo inadequado. Soa artificial. Por outro lado, é inaquado em situação formal usar gírias, expressões desrespeitosas e inadequadas, fugir afinal das normas típicas dessa situação.
Quando se fala em variantes, não podemos nos esquecer que a língua é um código de comunicação e um ato de repercussão social que, quando não usada adequadamente, afeta a imagem social do falante.
Diante dessa diversidade da Língua Portuguesa, nós, enquanto professores de língua, precisamos oportunizar aos nossos alunos a construção do conhecimento e domínio da língua considerada de prestígio social, a língua culta. Mas, como levá-lo a esse domínio?
Considero que o mais adequado é desenvolver o estudo da língua a partir de textos, pois o estudo da língua, em sala de aula, se torna mais eficiente quando é desenvolvido dessa forma,pois ao permitir que o aluno mantenha contato com textos de diferentes gêneros, épocas e autores, estaremos cumprindo e atingindo o nosso objetivo principal que é o aperfeiçoamento da língua, a interpretação, a produção e principalmente a leitura, oportunizando-lhes a uma comunicação eficiente no contexto social em que se inserem.

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